Receitas da Mãe
Marília Pimentel Teixeira
Capa: João Frade
Escher, Publicações, Lisboa Outubro 1991
Há duas coisas no Mundo que me dá gosto fazer com a minha filha: fumar um cigarro e beber café. Mas ela adora uma bebidinha a acompanhar. “Amarguinha” ou “Ginjinha”.
A MINHA GINJINHA
- Ginjas, gordas de sumo e bêbedas de sol, muitas (cerca de 1kg)
- lavar
- Arrancar o pé a algumas, outras deixam-se com um bocadinho de pé para agarrar o
prazer de chupar…
- tirar com a pinça o caroço a algumas, outras ficam com o caroço (cerca de metade)
para gozarmos o prazer de rilhar doce.
Deitar as ginjas num grande frasco de boca larga, e
- 2 paus de canela, um número de cravos-cabecinha e um molhinho de pés que arran-
cámos às ginjas, atados com linha branca
- cobrir com acúcar branco (cerca de 1 kg)
- aguardente boa (quase 2 litros)
e será nosso encanto levar durante 40 dias o frasco, todas as manhãs, para o Sol
(quer ele brilhe ou não) e guardá-lo ao escurecer.
Virar diariamente as ginjas up side down.
Deixar depois envelhecer, demorando o prazer.
Depois, servimo-nos sempre das ginjas com um espeto de madeira.
De preferência beber por um copo de vinho do Porto.

bebi muito desta ginjinha. Obrigado pela memória
ResponderEliminarO preparado envelhece no frasco de boca larga ou passa-se antes para garrafas?
ResponderEliminarObrigado
F. Guerra
Frasco de boca (muito) larga é o que a senhora minha mãe sempre fez. Ainda vou bebendo quando lá vou a casa ...
ResponderEliminar