quinta-feira, 8 de abril de 2021

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Sabemos que o botas de Santa Comba, por todos os meios – todos mesmo! – tentou manter o povo no analfabetismo, na incultura e, em grande parte conseguiu o objectivo.

Mas ouve sempre quem colocasse pauzinhos na engrenagem e contribuísse para que o resultado não fosse tão desastroso.

Por aqueles tempos, escritores, jornalistas, editoras, sempre se dispuseram, com sacrifícios de ordem vária, a despertar o gosto pela cultura geral, pela leitura, com a publicação de pequenos cadernos, como esta antologia de autores portugueses e estrangeiros.

Foi assim que muitos tomaram conhecimento com diversos livros e autores e, quando caso disso, partiram à descoberta de outros caminhos.

Estes Cadernos Mercúrio foram publicados nos anos 50. 

Apenas tenho este nº 4 que comprei numa banca que, à entrada do Parque Mayer, vendia revistas e livros usados a preços bem acessíveis. 

A colecção completa supõe-se composta por 8 números. 

Este nº 4 tem contos de José Rodrigues Migueis, O. Henry, Georges Simenon, Giovanni Papaini, Machado de Assis, Pearl S. Buck. Mérimée. Roal Dahl, H. Castro Guimarães, Carneiro Giraldes.

Em Agosto de 2017 a Frenesi Loja colocou à venda sete volumes da Colecção Mercurio e avança outros autores que foram antologiados: «Publicação em série de vários ficcionistas reconhecidos. Para além de autores estrangeiros como Cervantes, Maupassant, Dickens, Hemingway, Roald Dahl, Lermontov, Balzac, Strindberg, Sartre, James Joyce, Poe ou Dostoiewski – onde se destacam ainda mestres do policial como Frank Gruber, Conan Doyle ou Simenon –, também os autores portugueses, entre vivos e mortos, estão amplamente representados, a saber: Trindade Coelho, Manuela Porto, Fialho de Almeida, Guedes de Amorim, Garrett, Branquinho da Fonseca, Rodrigues Miguéis, Manuel da Fonseca, Camilo, etc.».

Os 7 volumes estavam à vanda por 70,00 euros e segundo informação da Frenesi: «exemplares pouco manuseados; miolo limpo».

Legenda: imagem Frenesi Loja

2 comentários:

  1. Disto já não se "fabrica" - 70,00, uma verdadeira pechincha por sete verdadeiras pérolas.

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  2. Pensei há dias que seria interessante fazer um apanhado deste tipo de publicações que se editaram nos tempos da ditadura, algumas fazem parte da biblioteca da casa. Mas a pandemia não nos trouxe tempo livres, trouxe tempos mortos. O problema é que não escrevo, nem leio como o fazia há tempos atrás.
    Só por mera curiosidade dir-lhe-ei que o exemplar que comprei no alfarrabista do Parque Mayer custou-me 2$50. E era dinheiro!!!

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