terça-feira, 20 de julho de 2021

OLHARES

Os dias em que não tem visitado o Cais, revelam a clara angústia que a pandemia vai deixando.

4 comentários:

  1. Mas o CAIS tem sido para mim um excelente comprimido (diário) contra essa angústia que nos está a sufocar.

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  2. Obrigado pelo abraço, caríssimo Seve.
    Mas têm sido tempos complicados, mesmo complicados…
    Não fossem os livros, a música, um ou outro filme, e, muito francamente, não quero pensar como tudo seria…
    Uma passagem, relida há pouco, do «Diário» de Mário Sacramento:
    «Quem trata doenças sabe que, quando há muitos remédios para uma, é porque nenhum deles é eficaz.»

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  3. Tenho de ler o DIÁRIO (ou diários) de Mário Sacramento.

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  4. É apenas um volume. Quando andava mais por aí, encontrei-o algumas vezes em alfarrabistas. É um livro notável, mesmo trágico, pois denuncia a perseguição, profissional e intelectual, que a ditadura lhe moveu.
    O Seve, como é um leitor atento de Vergílio Ferreira, encontrará no 1º volume de «Conta-Corrente», págs. 32 e 279, referências à morte de Mário Sacramento. Uma parte curiosa é sabermos que, sendo Mário Sacramento um militante comunista, deixou uma carta escrita em que, após a sua morte, incumbia Vergílio Ferreira de promover a edição desse Diário. Ora, Vergílio Ferreira sempre (?) esteve fora dessas ideias. Suponho que o pedido do Mário Sacramento terá a ver com questões de amizade, e não políticas, que existissem entre os dois.
    A 9 de Abril, Vergílio Ferreira, regressado do funeral de Mário Sacramento, escreve:
    «Quando se envelhece, está-se oco. O redemoinhar dos outros ilude-nos sobre o nosso estar só e quieto. O tempo passa-nos depressa, porque os dias são iguais, os do futuro são já do passado que passou. Boa filosofia. Vou fumar um cigarro, a propósito.»

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