Liberdade, onde estás?
Quem te demora?
Quem faz que o teu
influxo em nós não Caia?
Porque (triste de mim!)
porque não raia
Já na esfera de Lísia a
tua aurora?
Da santa redenção é
vinda a hora
A esta parte do mundo
que desmaia.
Oh! Venha... Oh! Venha,
e trémulo descaia
Despotismo feroz, que
nos devora!
Eia! Acode ao mortal,
que, frio e mudo,
Oculta o pátrio amor,
torce a vontade,
E em fingir, por temor,
empenha estudo.
Movam nossos grilhões
tua piedade;
Nosso númen tu és, e
glória, e tudo,
Mãe do génio e prazer,
oh Liberdade!
Bocage
Sem comentários:
Enviar um comentário