Não há
palavras.
Mas o que
ainda é mais desesperante e trágico, é não existir, neste mundo, um organismo,
o que quer que seja, que faça uma intervenção enérgica que prendesse Benjamim
Neta e o enfiasse num calaboiço.
O Público
coloca, hoje, na 1ª página que, em Gaza, soldados israelitas denunciam que as
autoridades israelitas deram ordenas apara atirar a matar sobre os
palestinianos que procuram comida.
«Desde 27 de Maio, quando a Gaza Humanitarian Foundation começou a distribuir
ajuda humanitária no centro e Sul da Faixa de Gaza, até meados desta semana,
morreram 549 palestinianos e 4066 ficaram feridos enquanto tentavam obter
comida junto dos centros de distribuição militarizados suportados pelos Estados
Unidos e Israel.
Esta contabilidade feita pelo Ministério da Saúde de Gaza (administrado pelo
Hamas) talvez seja mais fácil de perceber com a confirmação dada por oficiais e
soldados das Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) ao jornal Haaretz
de que têm ordem para disparar sobre as multidões de civis que se aproximam
destes locais, mesmo sem sinal de qualquer ameaça evidente.
De acordo com
o jornal israelita, vários comandantes ordenaram disparos sobre as multidões,
para dispersá-las, naquilo que um soldado descreveu como o colapso total do
código ético das IDF em Gaza. “É um campo de morte”, descreveu outro militar.
“Onde eu estava estacionado, entre uma e cinco pessoas eram mortas todos os
dias. São tratados como forças hostis e não há quaisquer medidas de controlo de
multidões, ou gás lacrimogéneo. Só fogo vivo com tudo o que se imagine:
metralhadoras pesadas, lançadores de granadas, morteiros. Depois, quando o
centro abre, o tiroteio pára e eles sabem que podem aproximar-se. A nossa forma
de comunicação são disparos”, descreveu.»
Como é
possível que o simples acto de dar
comida a quem tem fome, é se transforma num isco, numa armadilha para
israelitas e norte-americano, matar palestinianos?
Que mundo criámos?...

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