Existem populações do Alentejo e da serra algarvia
estão há dez anos a ver passar os comboios.
A Lupa demora-se numa reportagem de Carlos
Cipriano publicada no Público de 16
de Outubro de 2022.
Em Luzianes Gare, apesar do nome da aldeia, já não pára o comboio DR
«É o Estado... o Estado. A culpa é do Estado.” O homem depenica um cacho de uvas e murmura a palavra Estado com uma raiva incontida. Estamos na estação de Luzianes Gare, no concelho de Odemira, um edifício bem preservado, ladeado de plataformas em bom estado, com bancos para as pessoas se sentarem e uma infra-estrutura ferroviária moderna onde pontifica uma linha electrificada, agulhas comandadas à distância, sinais electrónicos, uma torre de telecomunicações. Uma ilha de tecnologia e de modernidade no Alentejo profundo, uma estação no meio de uma povoação que deve o seu nome à existência do caminho-de-ferro: Luzianes Gare.
No entanto, ali não se pode apanhar o comboio.»

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