Perante o relatório preliminar sobre o trágico acidente do elevador da Glória, o presidente da Câmara de Lisboa entendeu realçar: «a infeliz tragédia do elevador da Glória foi derivada de causas técnicas e não políticas».
Na
noite em que em que obteve novo mandato para a presidência da Câmara, Moedas
confidenciou que sempre confiara na lucidez dos lisboetas e verificou que isso
aconteceu e mais uma vez acreditaram em nós e agora sim, há condições para
fazer mais na cidade de Lisboa.
Carlos
Moedas é um político medíocre,medroso,incompetente.
Em
quatro anos, tirando as cenas circenses que compõe e inventa, não se preocupou,
minimamente com o gravíssimo problema da
habitação, o caos da mobilidade, a degradação e o desleixo de vários espaços
comuns de lazer, à sujidade de passeios e ruas, a limpeza urbana, além da falta
de iluminação.
Que
face a este descalabro citadino, alguns lisboetas ainda lhe tenham dado novo
mandato, é necessariamente um caso de estudo.
1.
Isabel tem salário de 900 euros e renda de 750:
“Vejo-me neste papel de ser pobre”
Mãe e filha estão em risco de pobreza, com um
rendimento inferior a 632 euros per capita (por adulto, no caso). Fintam a fome
graças à ajuda de uma associação. Uma história entre 1,8 milhões.
- lido no Público.
2.
O risco de
pobreza das mulheres continua a aumentar
face ao homens. São 17,6% contra 15,4%, o que se explica pelo facto de os
seus salários serem em geral muito baixos, assim como todas as prestações
que deles dependem. «A relação entre mulheres e pobreza assenta
nos baixos salários e pensões, na desigualdade remuneratória, na discriminação,
na precariedade laboral, na desvalorização do trabalho doméstico e de cuidados
não remunerados e no maior desemprego das mulheres».
3.
Uma das maiores
empresas mundiais, a Nestlé, anunciou o despedimento de 16 mil trabalhadores ao
longo dos próximos dois anos.
4.
Um comboio
Intercidades da CP que ligava Lisboa a Faro perdeu uma carruagem a meio da
viagem, quando o engate que ligava duas carruagens se partiu, aparentemente por
deficiente manutenção do equipamento.
5.
Mais de 15% dos portugueses não conseguem aceder a cuidados dentários por
razões financeiras. Se as contas forem feitas apenas para a população em risco
de pobreza, a proporção dispara para os 32,5%.
6.
Só os loucos cantam na rua. Faz falta gritar. Grito.
António Borges
Coelho em Crónicas e Discursos

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