Os velhos anúncios a dizerem-nos que nove de cada dez estrelas usam LUX.
Por
lá andaram Marlene Dietrich, Sophia Loren, Elizabeth Taylor, Audrey Hepburn,
até a nossa Amália Rodrigues.
Mas
venho por outro sabonete: O Feno de Portugal.
Nasci
em 1945, o sabonete em 1930, e foi o meu sabonete nos primeiros dias de por
aqui andar.
Ainda hoje ando com ele.
É daqueles produtos que não se esquecem.
Neste caso pela particularidade do nome, é certo, mas também pelo bucolismo que foi transmitido nos anos 80 pelo anúncio televisivo onde uma jovem loura esvoaçava graciosamente no meio de feno, flores pelo, cores e aromas.
O slogan era: Feno de Portugal, o encanto da natureza.
O grafismo da embalagem tem mudado, o aroma do sabonete do meu tempo de nascer, também.
Um
aroma pode ficar na memória?
As
mãos de minha mãe percorrendo o meu corpo?
O
fim da vida que se vai aproximando, não lembrar o que almocei, mas sentir o
cheiro do meu primeiro sabonete.
Gestos de puxa e empurra, memórias...
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