O livro está basto manuseado, a capa voou para algures, e socorri-me do anúncio de um alfarrabista na internet, para o colocar em Olhar as Capas.
Havia
um puto, o Buddy que foi testemunha de um crime, numa noite de Verão, quando
passava o tempo na escada das traseiras do prédio em que vivia com os pais. Os
assassinos deram-se conta do que os olhos do puto viram e tentaram matá-lo.
Eu
tinha, mais ou menos, a idade do Buddy quando li o conto na Antologia do
Romance Policial. Recordo bem a sua leitura, devorei-o numa noite, a ansiedade,
o suspense, os arrepios estão, hoje bem presentes.
Talvez
pudesse dizer que a leitura deste conto de William Irish, lançou-me para o
futuro gosto por romances policiais. Fui um ávido e constante leitor dos livros
da Colecção Vampiro que existiam na Biblioteca da Casa.
Mais
tarde vi, no Cinema Rex, o filme a preto e branco e todos aquele labirinto das
escadas de ferro onde decorre a acção.
Buddy
era um rapaz imaginativo. Naquela noite viu o crime e, sozinho, os pais não
acreditavam nele («Da próxima vez que me apareças com intrujices, ferro-te
uma sova que perdes a vontade de as repetires.»), a polícia também não, mas
consegue desvendar o que os seus olhos viram.
E voltei a ler o conto.
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