terça-feira, 4 de novembro de 2025

DISTO, DAQUILO E DAQUELOUTRO


 A pianista Maria João Pires disse que terminou a carreira como intérprete, depois de em Junho ter sofrido um problema de saúde que a afastou dos palcos, e está agora num "processo de mudança radical".

No discurso de agradecimento pelo Prémio Europeu Helena Vaz da Silva, entregue este sábado numa cerimónia na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, afirmou que adoeceu porque tentou "ultrapassar-se e ir até limites proibidos".

Disse ainda:

«Assistimos ao mesmo tempo a massacres hediondos, à destruição de povos, de culturas e, sem piedade, ao massacre do planeta. Parece que de repente temos de nos interrogar, afinal o ser humano será não inteligente ou simplesmente incapaz de evoluir com a experiência adquirida? É de certo modo explorar, tirar, não se importar, ficar indiferente ao Outro, recusar a realidade do grupo e a pertença comum. E perder é ficar de fora.»

José Saramago:

Por tudo o que me fez ouvir e sentir, Maria João, obrigado.» 

1.

A Galp registou um lucro de 973 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, com um recorde de 407 milhões de euros no terceiro trimestre (+53%).

2.
A Siemens anunciou que vai despedir cerca de uma centena de trabalhadores da sua fábrica de produção e manutenção de pás eólicas em Oliveira de Frades. E tudo indica que irá fechar portas em breve. A notícia surge nove meses depois da multinacional alemã ter avançado com um despedimento coletivo de 222 operários na sua unidade em Vagos.

3.

Preços das casas ultrapassam dois mil euros por metro quadrado pela primeira vez.
Num trimestre em que foram vendidas mais de 41 mil casas em Portugal, o preço mediano aumentou em quase 19% e fixou-se em 2065 euros por metro quadrado, o valor mais alto já registado pelo INE.

4.
Dois em cada cinco residentes em Lisboa são estrangeiros. No final de 2024 residiam em Portugal milhão e meio de estrangeiros, 85% dos quais em idade activa.  Os imigrantes são 17% da força de trabalho.

5.

Um estudo da Universidade da Beira Interior indica que mais de metade do país corre o risco de ficar sem cobertura jornalística e indica que cresce o número de concelhos sem órgãos de comunicação social.

5.

Nuno Júdice tem uma interessante reflexão sobre o assunto, em entrevista dada a Ricardo Marques, em que diz nomeadamente “Quando se escreve nós vemos as palavras, é um pouco como a pintura, onde temos a tela, esse sujar as mãos na tinta. Escrever para mim também é sujar as mãos nas palavras e é esse trabalho que eu também quero que esteja visível no poema”.

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