quarta-feira, 3 de março de 2021

NOTÍCIAS DO CIRCO


Fui hoje surpreendido com um palavreado do Secretário de Estado da Juventude e do Desporto em que revela apoiar o regresso dos espectadores aos estádios.

Mas esta classe política sabe mesmo do que fala?

Dizem ao povo para que fique em casa, que não façam bichas enormes para comprar livros nas livrarias, para comprar bilhetes para os cinemas, para os teatros, não andem a fazer footing na marginal, nos jardins da cidade, não passeiem os cães nas ruas.

Este responsável político não sabe que o futebol arrasta multidões onde se colocam os espectadores, os polícias para vigiarem as turbas, os bombeiros, a malta das roulottes que vende bifanas, sandes de coiratos e cervejolas?

Já há uns diaszecos vinha reparando na converseta dos políticos em que topo sinais de abrandamento, a pensar na Páscoa.

O que aconteceu depois do Natal, os meses terríveis de Janeiro e Fevereiro não serviram de exemplo?

 Não imaginem dias diversos, não nos impinjam facilidades que não podem existir, que não existem mesmo.

Não podemos esquecer os dias parados, doentes, do país sombrio dos dias pós-natal.

É incómodo, é triste, sim, é verdade.

Mas não nos obriguem a mais sacrifícios.

Não vamos aguentar.

Não somos uma nação valente, ao contrário do que dizem os papagaios nas televisões. 

Somos gente normal,  exigimos que nos tratem normalmente.

Acabe-se com a negociata do futebol.

De uma vez por todas.

E tão pouco sonham sequer, o quanto eu gosto de futebol!

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