Há
dias, neste Cais, poderia encontrar-se o lamento de que as livrarias vão
desaparecendo por Lisboa, também a ideia de fazer um roteiro de algumas
livrarias, quando as havia.
Porém
na Internet podemos ir encontrando sites que vendem livros.
Um
bem interessante e de confiança é a Frenesi Loja:
Mais
de 5.500 obras disponíveis no catálogo.
Vou lá regularmente e hoje copio as referências que a Frenesi faz ao livro que
reúne as peças de teatro A Guerra Santa e A Estátua:
«Livro
apreendido pela polícia política do Estado Novo em circunstâncias
particularmente vergonhosas, dando origem ao encerramento da casa editora, que,
depois de ver as instalações seladas, acabou com as caves-armazém
criminosamente inundadas. Sttau Monteiro será preso, paga do regime pela sátira
à ditadura e à guerra colonial. A imprensa, a 7 de Dezembro de 1966,
transcreveu o comunicado do governo com a versão oficial para o referido
“encerramento”:
«Do S. N. I.
recebemos a seguinte informação:
“Foi mandada
aplicar á Editorial Minotauro a pena de encerramento definitivo, prevista no
art.º 3.º do Decreto-Lei n.º 33015, de 30 de Agosto de 1943.
Esta pena foi
aplicada àquela empresa por ter editado um volume com graves implicações
prejudiciais á defesa dos fins superiores do Estado e nomeadamente ofensivo do
prestígio das Forças Armadas, que neste momento se batem, numa guerra que nos é
imposta, em defesa da integridade nacional.”».
1.
«Resumindo e concluindo: Portugal é mesmo um país especial e indescritível, dos
poucos onde dois partidos gémeos, o PS e o PSD, governam à vez e fingem
odiar-se, apesar de frequentarem os mesmos restaurantes, as mesmas igrejas, as
mesmas organizações secretas, as mesmas praias, e terem entre os seus quadros
todo o tipo de gente, desde corruptos a ladrões, malucos, pervertidos, bêbados,
esotéricos e desavergonhados. E imagino que seja assim na Iniciativa Liberal,
no Livre, no PAN, no PCP… No jornalismo é a mesma coisa: há de tudo, como na
farmácia.»
Pedro Garcias de
uma crónica no «Público» de 14 de Fevereiro de 2025
2.
No final de
Janeiro deste ano, mais de 1,5 milhões de utentes continuavam sem ter um médico
de família atribuído. Um número em linha com os valores registados no final do
ano passado e com os de final de Março desse ano - o Governo tomou posse a 2 de
Abril. Na altura, o objectivo enunciado pelo executivo é dar uma resposta de
saúde familiar a todos os portugueses até ao final deste ano.
3.
No dia em que
Carlos Paredes nasceu há 100 anos, o Público publicou um excelente trabalho sobre
o príncipe da guitarra portuguesa designado por Três Músicos escrevem sobre
Carlos Paredes:
Um leitor deixou
este comentário:
«Parabéns ao
jornal Público, pelo serviço cívico, cultural e artístico, que presta, ao
dedicar espaço, tempo e esforço a divulgar o legado de Carlos Paredes.
Permito-me, com a devida vénia, complementar o testemunho de Manuel Fúria, com
algumas ideias, que espero serem úteis para o debate, que se pretende plural e
tudo menos unânime, consensual e, por isso, vazio de substância. Vinte anos
depois da morte de Paredes (em 2004), num mundo em que a política dita um
rosário de casos de corrupção, de escândalos éticos, económicos, de guerra
selvagem e de gente desiquilibrada e megalómana (Trump e Musk são apenas os
mais evidentes), relembrar o legado, a simples existência, de um homem simples,
humilde, generoso e elegante como Paredes constitui um bálsamo para a alma.
Haja esperança e alegria.»
4.
59% dos
professores já se sentiram vítimas de bullying e 10% dos professores dizem já
ter sofrido agressões físicas, principalmente de alunos, mas também de pais.
5.
Nas empresas de
restauração e similares os imigrantes são já mais de 30% do total de
trabalhadores.
6.
Um em cada cinco
portugueses reforma-se antecipadamente e em 2024 verificaram-se cinco
despedimentos de grávidas por dia, um significativo aumento face a anos
anteriores.