domingo, 29 de maio de 2011

COISAS EXTINTAS OU EM VIAS DE...


Este foi o último programa desdobrável da programação mensal da Cinemateca Portuguesa.

Todos os meses, o caminhar para a Cinemateca, ou a Culturgest, ou a Livraria Barata, para recolher o folheto, olhá-lo, circundar as escolhas dos filmes a ver.

Não mais se publicará.

Ficámos confinados á programação que, no site na Internet, a Cinamateca coloca, ou aos avisos afixados no edificio da Barata Salgueiro.

Há pequenos gestos, aparentemente insignificantes, que marcam os nossos dias.

Deixamos de os ter e assim vamos ficando mais pobres…mais tristes...

A notícia, juntamente com outros, veio em jeito de comunicado em que a Cinemateca esclarecia que “as recentes medidas administrativas introduzidas no funcionamento dos Organismos dependentes da Administração Central do Estado, nomeadamente as que decorrem da aplicação da Portaria 4-A/2011, obrigam a Cinemateca Portuguesa-Museu do Cinema a proceder a algumas alterações na sua actividade pública, que, no imediato, comprometem a programação anunciada para as duas salas. As referidas medidas têm implicação nos procedimentos administrativos, afectando o transporte das cópias e os serviços de legendagem.”
Maria do Rosário Pedreira disse, há meses, numa entrevista que quando ouvia alguns políticos falarem se perguntava que teriam lido algum livro inteiro, tal era a pobreza do seu discurso.

Quando a crise invade o quotidiano, a primeira coisa que os políticos se lembram é cortar na cultura, essa coisa de minorias, possivelmente tiques vindos do tempo em que um biltre, mal ouvia falar em cultura puxava logo da pistola.

Difícil é cortar as mordomias que os boys-de-gracata-azul-bebé, espalhados pela administração pública, usufruem e engordam – e de que maneira! – a despesa do Estado.. e endividam o estado.

João Bénard da Costa, onde quer que esteja, terá dado um enorme grito de indignação!

Sem comentários: