O cidadão comum que, com a aplicação do Programa da Troika vai passar, ainda mais, as passas do Algarve, gostaria de ter notícias que o levassem a acreditar que os dois partidos, daquilo que se convencionou chamar o arco da governação, estivessem a preparar, da melhor maneira possível, o negro futuro que temos pela frente.
Nem pouco mais ou menos.
Querem saber no que eles andam entretidos?
Num jantar com militantes, em Santa Maria da Feira, Passos Coelho disse que o que aconteceu em Portugal nos últimos seis anos não tem qualquer espécie de perdão”,
“No Governo ou vai estar o PS ou o PSD; não vamos estar os dois”.
Pelo seu lado o secretário-geral do PS e primeiro-ministro demissionário, José Sócrates, acusou o PSD de "enquanto o Governo estava concentrado numa negociação difícil e exigente, que vai condicionar os próximos anos, o PSD passou essas duas semanas preocupado em atacar o Governo e a levantar suspeições, um espectáculo deprimente, que mostra a irresponsabilidade, a leviandade, a imaturidade e a falta de preparação do PSD”.
E terminou:
“Quando os partidos e as lideranças se esquecem do povo, o povo não esquece o que essas lideranças e o que esses partidos fizeram ao povo”.
No seu discurso à Nação, Sua Excelência o Presidente da República, Aníbal Cavaco disse: “se não mudarmos estaremos daqui a três anos, ou até antes disso, pior do que nos encontramos hoje”.
Pela amostra junta, pode verificar-se que, este andar da carruagem não nos vai levar a parte alguma.
Surpreendidos?
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