segunda-feira, 9 de maio de 2011

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A “Livraria Bertrand”está em funcionamento desde 1732 e acaba de entrar para o “Guiness Book” como a livraria mais antiga do mundo.

Hoje, acompanhando o ritmo das incorporações de negócio, da globalização, chama-se “Livraria Bertrand do Chiado”, e para ser reconhecida pelo “Guiness”, foi necessário confirmar que a sua actividade, ao longo dos anos, nunca foi interrompida.

Por motivos, que não sei muito bem explicar, ou até sei, a “Bertrand” nunca foi livraria que recolhesse os meus passos nos itinerários dos livros. O  mesmo se passava com a “Bucholz”. Preferia a “Sá da Costa” que, apesar das diversas tentativas para a por a funcionar,  já não existe,  a “Clássica Editora”,  junto ao “Cinema Eden,” onde hoje está  a “Loja do Cidadão” e onde o Carvalho nos guardava os livros que , com o seu “feeling”, calculava que iriam ser apreendidos  pela PIDE , a  “Opinião”, nas traseiras do jornal “República” e hoje é uma loja da  “Cotovia”, a “Livraria Portugal”, ainda de portas abertas na Rua do Carmo”, a livraria “Arco-Irís”, no centro comercial com o mesmo nome, ao lado do “Apolo 70” e, obviamente, a velha “Barata”.

Um tempo em que os livros se compravam em livrarias e não em hipermercados ou essa coisa que dá pelo nome de “Fnac”, onde displicentemente se vendem livros, como se vendem bolas de golfe, o que quer que seja.



“Entrei numa livraria. Pus-me a contar os livros que há para ler e os anos que terei de vida. Não chegam, não duro nem para metade da livraria. Deve haver certamente outras maneiras de se salvar uma pessoa, senão estarei perdido.”

Almada Negreiros

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