sábado, 23 de abril de 2011

PORREIRO, PÁ!


De manhã fui ao “Minipreço” comprar as amêndoas para os netos, os folares para os afilhados.

Apanhei uma molha de todo o tamanho. Uma rabanada de vento partiu o chapéu-de -chuva que a senhora da Farmácia me oferecera pelo Natal.

D. Manuel Clemente, bispo do Porto, diz que os portugueses têm de viver de forma mais modesta e acredita que ainda estão para chegar os sacrifícios.

Não li, mas parece que o Miguel Sousa Tavares escreve hoje, no “Expresso”, que os políticos nos enganam.

O meu avô filosofava que se os políticos dissessem as verdades não ganhavam eleições, ao passo que Nikita Khrushchev lembrava que os políticos são iguais em toda a parte: “prometem construir pontes mesmo onde não existem rios.” e, amargamente, Miguel Torga, no dia 14 de Novembro de 1985, escrevia no seu “Diário”:

“Há uma coisa que eu nunca poderei perdoar aos políticos: é deixarem sistematicamente sem argumentos a minha esperança”.

O INE, em sintonia com o Eurostat, anunciou este sábado uma revisão da notificação relativa ao Procedimento dos Défices Excessivos enviava a Bruxelas no final de Março. Agora, o défice de 2010, que já fora revisto em alta para 8,6 por cento do PIB, passa a ser de 9,1 por cento, por causa de três contratos de Parcerias Público Privadas.

Bem diziam os rapazes da troika que iriam trabalhar durante a Semana Santa.

Ao cair da noite, segundo a SIC, o Benfica, ao vencer o Paços de Ferreira por 2-1, conquistou a Taça da Liga.

E se por via disto,  Jorge Jesus já não é despedido?

Será que vai chover neste Domingo de Páscoa?

Algumas incertezas…

Um destes dias, hei-de perguntar-me dos motivos por que me envolvi nisto da meteorologia pascal…

Legenda: pintura de Steve Hanks.

(Em Reolhares vamos publicando textos publicados, nos últimos 15 anos no Cais do Olhar.

Texto publicado no dia 23 de Abril de 2011).

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