quarta-feira, 28 de dezembro de 2022

NOTÍCIAS DO CIRCO

 

Governo de maioria absoluta. TAP. Fernando Medina. Pedro Nuno Santos. Alexandra Reis. Uma confusão dita do outro mundo.

Ontem, quase ao bater da meia-noite, Medina comunicou a Alexandra Reis, recente secretária de estado do Tesouro, para pedir a demissão.

Assim aconteceu.

Medina explica:

«Tomei esta decisão no sentido de preservar a autoridade política do Ministério das Finanças num momento particularmente sensível na vida de milhões de portugueses. No momento em que enfrentamos importantes exigências e desafios, considero essencial que o Ministério das Finanças permaneça um referencial de estabilidade, de autoridade e de confiança dos cidadãos. São valores fundamentais à boa condução da política económica e financeira e à direção do setor empresarial do Estado».

O ministro termina a nota agradecendo a Alexandra Reis, «detentora de um curriculum profissional de enorme mérito e qualidade, todo o trabalho desenvolvido, reconhecendo a integridade e correção com que neste período pessoalmente difícil assegurou a defesa do interesse público».

Mas o imbróglio político não termina com este gesto ministerial.

Continua por saber se Alexandra Reis foi demitida da TAP, ou se pediu escusa de continuar como gestora.

No meio encontram-se atravessados 500 mil euros pagos a Alexandra por ser demitida ou por ter pedido escusa.

A situação veio colocar a céu aberto o chocante contraste entre as indemnizações obscenas pagas a gestores da TAP e aquelas que são pagas aos trabalhadores.

Entretanto, na segunda-feira, Fernando Medina assinou o cheque que permite a entrada de 980 milhões de euros nos cofres da TAP.

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