terça-feira, 4 de julho de 2023

AINDA A FEIRA DO LIVRO


Muito longe, mas mesmo muito longe, vai o tempo em que todos os dias dava um salto à Feira  em busca dos Livros do Dia.

Agora estão todos na Internet.

A Feira este ano apresentava 340 pavilhões em representação de 981 chancelas editoriais.

 Se 61% dos portugueses, num ano, não leem um único livro, interrogo-me quem são os leitores da esmagadora dos livros que se publicam em Portugal, dos mais diversos temas, religiões e sei lá mais o quê.

As minhas pernas já não conseguem percorrer aqueles extensos corredores que são a Feira do Livro no Parque Eduardo VII. Vou-me socorrendo do mapa da APEL e, por atalhos, vou direito aos pavilhões  onde quero encontrar  os livros que procuro. 

Como agora dedico-me mais a releituras do que palmilhar livros de gente nova e outros escritores que não conheço sequer de nome.

Há livros, autores que vou tendo dificuldade em ler, arrasto-me pelas páginas. 

Humildemente, ponho sempre as culpas em mim.

Mas terei sempre que ir à Feira. Noutras feiras para tirar a fotografia ao pavilhão da & Etc., mas a Letra Livre já não lhe dá boleia porque a & Etc. acabou mesmo, uma das mais interessantes aventuras editoriais, comandada pelo Vitor Silva Tavares, mas vou sempre pela vista com o Tejo ao longe e pelos jacarandás.

Gosto das editoras que ainda guardam a possibilidade de pagar o livro no acto da sua compra. Odeio quando terei que ir para a bicha das editoras que estão colocadas nas aglomerações dos grupos editoriais. Aconteceu-me com o livrinho da Assírio & Alvim. Encontrei-o facilmente  no pavilhão mas depois fiquei à espera uns 10/15 minutos para o poder pagar.

Nada a fazer: vou ficando velho e rezingão!

1 comentário:

Seve disse...

Acredite Caro Sammy - é um outro mundo...