sexta-feira, 2 de setembro de 2016

QUOTIDIANOS


E o tempo é:
esta criança que olha para mim, que transmite o mistério que a perturba, e que reflecte o meu próprio mistério. O tempo é esta criança, esta criança fui eu;
este homem velho sentado no banco de jardim, que tem nos olhos a luz de outrora (a da criança, no outro lado do jardim) e que, afinal, começa  a despedir-se de tudo o que acriança está a descobrir. O tempo é este homem velho, este homem velho serei eu.


Legenda: pintura de Mihai Criste

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