sábado, 21 de janeiro de 2023

DOS REBOTALHOS E COISAS ASSIM...


 Os portugueses vivem dias difíceis, o governo de maioria absoluta, anda envolvido numa sucessão de crises, casos e casinhos, Marcelo tenta chamar a miudagem à razão mas perde-se em palavras e ideias com pouco nexo, e para completar, no meio destas trapalhadas diversas e sem fim, numa recente sondagem para o DN, JN e TSF, 63% dos inquiridos declararm que Montenegro e o PSD não estão prontos para liderarem um governo.

Mas para atrapalhar mais a situação, soube-se que Fernando Medina ministro das Finanças, enquanto Presidente da Câmara Municipaçl de Lisboa, ou alguém por ele, foi o responsável pela escolha de Joaquim Morão.

José António Cerejo escreve no Público que «a Câmara de Lisboa tinha centenas de engenheiros, arquitectos e gestores de obras nos seus quadros. Mas os seus responsáveis resolveram, no meio da trapalhada que o Ministério Público está a investigar, ir buscar o homem de Castelo Branco. Porquê? Não se sabe. »

Pelo seu lado, António Guerreiro escrevia, um destes dias no Público:

«Podemos facilmente observar, porque os seus signos são de uma enorme evidência, que a vergonha é um sentimento que desapareceu da política. E digo “da política”, e não “dos políticos”, para evitar a psicologização e apelar, antes, à referência espinosista que, refutando uma falsa antinomia entre ideia e afecto, afirma que os afectos são o material da política.

Os políticos apanhados a cometer infracções legais ou morais que os destituem tanto no aspecto político como cívico parecem ser indiferentes ao ethos social e mantêm geralmente uma atitude de realismo apático e desavergonhado. A desvergonha tornou-se mesmo um capital simbólico e um motor fundamental da acção política.

A manifestação protocolar de agradecimento pela dedicação e sentido do dever aos que se demitem (voluntária ou coercivamente) porque já não têm condições para ficar, devido a palavras ou decisões impróprias, tem de ser entendida como uma operação de branqueamento e uma contribuição para a anulação da vergonha e da culpabilidade enquanto sentimentos que a racionalidade política do nosso tempo expulsou da sua acção e até do seu horizonte. A manifestação individual de vergonha afecta todo o edifício político e afecta, portanto, até aqueles que não têm nenhuma razão para se sentirem envergonhados. A positividade ética da vergonha tornou-se uma negatividade política.»

1.

Os valores praticados no mercado de arrendamento de Lisboa sofreram um aumento de 36,9% no último ano, atingindo um preço médio de 21 euros por metro quadrado. Com esta subida, arrendar casa na capital portuguesa ficou com um custo semelhante ao praticado em Barcelona e mais caro do que em Madrid (17 euros/m2). Aliás, o aumento verificado em Lisboa é o mais elevado quando comparado com os registados em Paris, Milão, Madrid e Barcelona.

2.

Fernando Medina falou em "boas notícias" no que se refere aos receios de recessão na Europa após a reunião do Conselho de Assuntos Económicos e Financeiros e rejeitou a necessidade de novo aumento de salários em 2023.

3.

Mário Centeno confiante de que a zona euro não vai entrar em recessão técnica.

Poder de compra do trabalho estagnado há 20 anos, Medina rejeita necessidade de novo reforço agora.

Salários: mais de metade dos trabalhadores recebia menos de 1.000 euros em 2022.

Ainda Fernando Medina:

«A nossa política salarial é a política adequada para responder às necessidades de assegurar o poder de compra durante o ano de 2023, sem com isso contribuir para um amento das tensões inflacionistas no nosso país».

1 comentário:

Seve disse...

Mas haverá alguma diferença entre o PS e o PSD? tudo farinha do mesmo saco, corruptos e desavergonhados é tudo o que por ali grassa.
E a falta de VERGONHA, a falta de carácter quando são "apanhados" é inacreditável e um insulto a este triste povo, maioritariamente imbecil, submisso, invejoso e insensível! Sempre foi assim e parece que sempre será assim!