quarta-feira, 20 de abril de 2016

PRA NÃO DIZER QUE NÃO FALEI DAS FLORES


Mais de uma centena de deputados, a contas com processos vários, devido a actos de corrupção, ajudaram à abertura do processo de destituição da Presidente Dilma.

O processo está agora no Senado.

O Brasil vive dias muito difíceis.

Que futuro?

Corria o ano de 1968 quando Geraldo Vandré, apresentou-se no III Festival Internacional da Canção  com Pra não Dizer que não Falei das Flores, canção que se tornou um hino de resistência contra a ditadura militar.

É essa canção que recordamos nestes momentos difíceis da vida brasileira.

Também se reproduz a versão, ao vivo, do Festival em que o público vaiou  a canção de António Carlos Jobim e Chico Buarque Buarque que ficara em primeiro lugar.

Geraldo Vandré, muito bem, lembrava ao público que cabia aos cantores fazer o seu trabalho e o júri de julgar. 

Caminhando e cantando e seguindo a canção
Somos todos iguais braços dados ou não
Nas escolas, nas ruas, campos, construções
Caminhando e cantando e seguindo a canção

Vem, vamos embora, que esperar não é saber,
Quem sabe faz a hora, não espera acontecer

Vem, vamos embora, que esperar não é saber,
Quem sabe faz a hora, não espera acontecer

Pelos campos há fome em grandes plantações
Pelas ruas marchando indecisos cordões
Ainda fazem da flor seu mais forte refrão
E acreditam nas flores vencendo o canhão

Vem, vamos embora, que esperar não é saber,
Quem sabe faz a hora, não espera acontecer.

Vem, vamos embora, que esperar não é saber,
Quem sabe faz a hora, não espera acontecer.

Há soldados armados, amados ou não
Quase todos perdidos de armas na mão
Nos quartéis lhes ensinam uma antiga lição
De morrer pela pátria e viver sem razão

Vem, vamos embora, que esperar não é saber,
Quem sabe faz a hora, não espera acontecer.

Vem, vamos embora, que esperar não é saber,
Quem sabe faz a hora, não espera acontecer.

Nas escolas, nas ruas, campos, construções
Somos todos soldados, armados ou não
Caminhando e cantando e seguindo a canção
Somos todos iguais braços dados ou não
Os amores na mente, as flores no chão
A certeza na frente, a história na mão
Caminhando e cantando e seguindo a canção
Aprendendo e ensinando uma nova lição

Vem, vamos embora, que esperar não é saber,
Quem sabe faz a hora, não espera acontecer.


Vem, vamos embora, que esperar não é saber,
Quem sabe faz a hora, não espera acontecer.






Sem comentários: