quinta-feira, 7 de abril de 2016

ABRIL


Outra vez Abril
Já lá vão 42 anos.
Parece que foi ontem.
E tanta coisa aconteceu.
Por este mês, vou mostrar algumas capas dos discos que, aqui pela casa, eram tocadas antes da sonhada madrugada.
25 de Abril sempre!

Lado 1

O Cantigueiro – A Recompensa

Lado 2

 Os Castelos Também se Assaltam – Cantar de Quem Anda Por Lá

O Cantigueiro

Poema e música de Samuel

Penares de outrora são feitos versos
sangue das nossas mãos
A noite corre por todo o corpo
e os amigos são mais que irmãos

Cada janela trás o vento
vento que gela em vão Mais frio trás
o quadrado negro
as grades da frustração
Morremos pelo sonho que sonhamos

Mau pregador
justo auditório
Pior a pregação
Verdades ditas
fora de tempo
e o pregador vai para a prisão.

Não há fiança
pró cantigueiro
e ele nem dinheiro tem
Se viu demais
que arranque os olhos
e a vida correrá bem

Sonhou curara humanidade
dos mil podres que tem
Mas só dum toque
nas negras chagas
morreu de peste também

Se tal soubesse não cantaria
tudo o que já cantei
Só tem licença de cantigueiro
quem for o bobo do rei

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