segunda-feira, 27 de abril de 2015

OLHAR AS CAPAS


Histórias do Cinema

João Bénard da Costa
Capa: Lígia Pinto
Imprensa Nacional-Casa da Moeda, Lisboa Agosto de 1991

O chamado PREC (Processo Revolucionário em Curso), se nada deixou igual ao que antes estava, abateu-se igualmente sobre o cinema. Como todos os outros portugueses, os cineastas dividiram-se nas mais variadas facções e partidos e a aparente unidade do «cinema novo» (assaz fictícia, como atrás se disse, nos inícios dos anos 70) quebrou-se. O Centro Português de Cinema que em princípios de 1974 já contava 36 sócios dividiu-se em várias outras cooperativas (Cinequipa, Cinequanon, Virver, Grupo Zero, Paz dos Reis) agrupando os cineastas em diversas – e opostas – famílias estéticas e políticas. Em 1977, o C.P.C. – mantido aberto, apenas para «liquidação» do terceiro e último plano com a Gulbenkian anunciado em Maio de 1974 – cessou produção. Em 1978, a expressão «cinema novo» passava à história. O arranque decisivo que parecia iminente em Março de 1974, com a aprovação do I Plano do I.P.C. e do II com a Gulbenkian foi varrido, como tudo, pelos ventos de Abril.

Sem comentários: