terça-feira, 2 de junho de 2015

OS IDOS DE JUNHO DE 1975


2 de Junho de 1975

SESSÃO INAUGURAL da Assembleia Constituinte presidida pelo Presidente Costa Gomes. Henrique de Barros era o Presidente interino da Assembleia.
Dos 250 deputados, a maioria vinha das Faculdades de direito, mas também havia engenheiros, escritores, actores, militares e operários.
Um elenco de luxo. Não mais se repetiria.
Um tempo heroico, em que estávamos de alma limpa.
A sessão demorou perto de meia hora. Os trabalhos, propriamente ditos, começariam no dia seguinte.

VERGÍLIO FERREIRA no seu Conta-Corrente:
Quando é que estes tipos perderão a farófia de revolucionários? Porque tudo tem sido de um provincianismo aflitivo – a farófia de mostrarmos ao mundo como é que é. A coisa agora é de revolução. Pois vamos ser revolucionários como ninguém. É a nossa desgraça, isto de querermos dar lições do que não sabemos e aprendemos engroladamente dos outros.
Como não temos génio para inventar, defendemos a basófia acentuando a traço grosso o que os outros inventaram.

CORREWSPIONDENDO a um apelo do PCP, MDP/CDE, FSP e Intersindical, milhares de pessoas deslocaram-se ao Aeroporto da Portela para saudarem Vasco Gonçalves, regressado de Bruxelas, onde participou na Cimeira da NATO.
Esperamos ter contribuído para que não haja dúvidas sobre os nossos propósitos e quando dissermos que não somos um cavalo de Tróia dentro da NATO é porque não somos mesmo, disse o primeiro-ministro aos manifestantes.


Fontes:
- Acervo pessoal;
Os Dias Loucos do PREC de Adelino Gomes e José Pedro Castanheira.
- Conta-Corrente de Vergílio Ferreira.

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