2 de Junho de
1975
SESSÃO INAUGURAL
da Assembleia Constituinte presidida pelo Presidente Costa Gomes. Henrique de
Barros era o Presidente interino da Assembleia.
Dos 250
deputados, a maioria vinha das Faculdades de direito, mas também havia engenheiros,
escritores, actores, militares e operários.
Um elenco de
luxo. Não mais se repetiria.
Um tempo heroico, em que estávamos de alma limpa.
A sessão demorou
perto de meia hora. Os trabalhos, propriamente ditos, começariam no dia
seguinte.
VERGÍLIO
FERREIRA no seu Conta-Corrente:
Quando é que estes tipos perderão a farófia de
revolucionários? Porque tudo tem sido de um provincianismo aflitivo – a farófia
de mostrarmos ao mundo como é que é. A coisa agora é de revolução. Pois vamos
ser revolucionários como ninguém. É a nossa desgraça, isto de querermos dar
lições do que não sabemos e aprendemos engroladamente dos outros.
Como não temos génio para inventar, defendemos a
basófia acentuando a traço grosso o que os outros inventaram.
CORREWSPIONDENDO
a um apelo do PCP, MDP/CDE, FSP e Intersindical, milhares de pessoas
deslocaram-se ao Aeroporto da Portela para saudarem Vasco Gonçalves, regressado
de Bruxelas, onde participou na Cimeira da NATO.
Esperamos ter contribuído para que não haja dúvidas
sobre os nossos propósitos e quando dissermos que não somos um cavalo de Tróia
dentro da NATO é porque não somos mesmo, disse o primeiro-ministro aos manifestantes.
Fontes:
- Acervo
pessoal;
- Os Dias
Loucos do PREC de Adelino
Gomes e José Pedro Castanheira.
- Conta-Corrente de Vergílio Ferreira.
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