terça-feira, 2 de junho de 2015

POSTAIS SEM SELO


Porque, acreditava-o firmemente, não fora dita ainda a palavra derradeira: a selva ali estava, aliciante, misteriosa, traiçoeira mas prometedora. Como sempre a sonhara: difícil, grata, livre. Talvez fosse possível desvendá-la. Descobrir a ilha que vinha nos mapas. Encontrar a floresta sem árvores. Mandar o manuscrito na garrafa, à espera de que alguém, numa praia longínqua ou muito próxima, soubesse avaliar o seu peso de esperança.

Daniel Filipe em O Manuscrito na Garrafa

Legenda: não foi identificar o autor/origem da fotografia.

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