Porque, acreditava-o firmemente, não fora dita ainda a
palavra derradeira: a selva ali estava, aliciante, misteriosa, traiçoeira mas
prometedora. Como sempre a sonhara: difícil, grata, livre. Talvez fosse
possível desvendá-la. Descobrir a ilha que vinha nos mapas. Encontrar a floresta
sem árvores. Mandar o manuscrito na garrafa, à espera de que alguém, numa praia
longínqua ou muito próxima, soubesse avaliar o seu peso de esperança.
Daniel Filipe em
O Manuscrito na Garrafa
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