sábado, 19 de setembro de 2015

OS IDOS DE SETEMBRO DE 1975


19 de Setembro de 1975

TOMADA DE POSSE do VI Governo Provisório chefiado pelo Almirante Pinheiro de Azevedo que, no discurso de tomada de posse, disse:
É um governo que tem o mérito de procurara, num determinado momento histórico, encontrar uma saída para uma grave crise política, económica e social através de uma definição política conjunta dos três principais partidos políticos.
Com este governo, a direita conclui que o avanço das suas forças é um passo muito importante.
No discurso de tomada de posse Pinheiro de Azevedo repudia a social-democracia, mas foi apenas uma tirada para granjear um hipotético apoio das organizações sindicais e de esquerda. A prática demonstrou que foi completamente engolido por essa tal social-democracia.
Composição do governo:
Administração Interna: Comandante Almeida e Costa
Negócios Estrangeiros: Major Melo Antunes
Comércio Externo: Jorge Campinos
Agricultura: Lopes Cardoso
Trabalho: Capitão Tomás Rosa
Educação: Major Vitor Alves
Indústria: Marques do Carmo
Equipamento Social: Veiga de Oliveira
Transportes: Valter Rosa
Comunicação Social: almeida Santos
Finanças: Salgado Zenha
Justiça: Pinheiro Farinha
Assuntos Sociais: Sá Borges.
No dia seguinte à tomada de posse do governo, Otelo Saraiva de Carvalho parte para uma visita à Suécia e no aeroporto, em conversa com os jornalistas, avisa que se Pinheiro de Azevedo começar a fazer uma política de direita lhe retirará a sua confiança.

A INDONÉSIA ameaça invadir Timor: não podemos tolerar a situação que ali se desenvolve, prejudicando-nos e pondo-nos em perigo. E Portugal será o responsável!
Almeida Santos, regressado. Há dias, de Dili, diz que não deve pôr-se de lado a hipótese de Indonésia intervir militarmente no território.

Fontes:
- Acervo pessoal;
Os Dias Loucos do PREC de Adelino Gomes e José Pedro Castanheira.

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