Tal como anunciado,
saiu hoje o 1º volume da edição com que o Público
assinala os 100 anos do nascimento de Francis Albert Sinatra.
A música balança nas gravações
da Columbia (1943/1952), A Voz Columbia
Enquanto Jovem.
Os textos de José
Duarte e João Gobern têm aquele toque de quem sabe e gosta do que fala.
Há comboios que não
se podem perder!
Sim, Frank andou com muitas
más companhias, a Mafia prestou-lhe favores, pediu favores à Mafia para ajudar
outros, John Kennedy incluído, outras coisas, mas: who cares?
As canções de Sinatra
têm sempre qualquer coisa que nos leva a ouvi-las.
Até os silêncios, tal
como escreve José Duarte.
Ou, como dos maus filmes, dizia João
Bénard da Costa: têm sempre qualquer coisa que merece perder
tempo com eles.
As canções de Sinatra
são, como se disse da Coca-Cola:
Primeiro estranha-se, depois entranha-se.
Soltas do que
escreveu José Duarte:
… o maior – não gosto – o Melhor cantor porque a melhor voz e a genial
combinação entra as duas..
Sinatra morreu com qualidades e defeitos tal qual eu e vossemecê.
Soltas do que
escreveu João Gobern:
No epitáfio inscrito na sua pedra tumular, pode ler-se: “O melhor está
para vir”.
Nos anos finais, Sinatra dedicou-se à pintura, escolhendo os palhaços
como um dos seus temas favoritos. Perante esta fixação, Tina, a sua filha mais
nova, não deixou de dizer o seguinte: “São auto-retratos. Porque o meu pai é um
homem que nunca cresceu e que, sempre que pôde, fugiu às responsabilidades.
Umas vezes com graça, outras nem por isso…
Os mistérios, esses, ele deixou para uma vida no olho do falcão. Foi
como foi. E só nos resta imaginar o que os alinhamentos cósmicos teriam
alterado se ele tivesse correspondido positivamente à proposta que lhe foi endereçada
por um dos seus directores de orquestra – a de mudar o apelido artístico para
Satin. Mas cetim, quando se pode ter seda? Poder, podia, mas não era… Não, que
diabo! Não podia de todo. Em Sinatra não se mexe – toca-se, isso sim. E sempre
que possível
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