sábado, 26 de março de 2016

QUOTIDIANOS


Se o navio afunda
a solução é atirar ao mar os passageiros.

E quando estivermos todos no fundo mar com o navio,
ainda que, mortos, não o possamos saber,
teremos então finalmente conseguido
atingir o ponto luminoso do equilíbrio.

Luís Filipe Castro Mendes, poema colocado por Nicolau Santos na sua coluna Cem Por Cento no Expresso.

Legenda: pintura de Júlio Pomar

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