sábado, 7 de maio de 2016

OLHARES


Se há jardim de Lisboa que me dê gosto maior é o do Príncipe Real. Primeiro, por causa da árvore-mãe que tem ao centro, baixinha e de ventre antigo, e de ramagem tão extensa que dá abrigo a meio mundo. Depois, porque o conheci rodeado de poetas, uns em verso, outros em prosa: O’Neill morou-lhe quase em frente, na Rua da Escola Politécnica, Vieira de Almeida mesmo ao lado. Ruy Cinatti na Rua da Palmeira e Agostinho da Silva na Travessa do Abarracamento de Peniche, que é um recanto pacífico para meditar.

José Cardoso Pires em A Cavalo no Diabo

Legenda: João César Monteiro no jardim do Príncipe Real, fotograma do seu filme Vai e Vem

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