quarta-feira, 17 de janeiro de 2018

OLHAR AS CAPAS


Um Crime em Glenlitten

E. Philips Oppenheim
Tradução: Pepita de Leão
Capa: Cândido Costa Pinto
Colecção Vampiro nº 10
Livros do Brasil, Lisboa 1948

Glenlitten, a vetusta casa solarenga, outrora cheia de tradições, já não é, hoje em dia, mais que um sítio agradável, onde se recebem amàvelmente os convidados. Raramente se abrem os majestosos salões, e o ponto de reunião para os aperitivos e o café, antes e depois das refeições, é o grande vestíbulo, transformado em sala de palestra, agora convertida em salão de baile.
André Glenlitten, sexto marquês deste nome, era um homem de olhos azuis, tez bronzeada pelo sol, muito jovem para os seus trinta e dois anos; ia e vinha entre os convidados, conversando alegremente, enquanto dirigia o serviço de licores.
- Sinto que minha mulher se tenha atrasado um pouco, Dick, - Desculpou-se ele. Apoiando familiarmente a mão no ombro do famoso criminalista. – E por minha culpa, reconheço-o. Fomos ver o velho Heygs, para combinar os postos da caçada de amanhã, e ele entreteve-nos a palrar mais de uma hora.

- Muito desejo eu também conhecer a tua esposa, - respondeu sir Ricard, servindo-se de licor pela segunda vez, depois de ligeira hesitação. – E somos muitos para a partida de bridge?

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