sexta-feira, 12 de janeiro de 2018

ETECETERA


Pela primeira vez, o Fundo de Resolução assumiu que perdeu o valor, 4,9 mil milhões de euros, com que capitalizou o Novo Banco.

Se o vulgar cidadão, que nunca estudos economia ou finanças, percebeu que era assim que ia acontecer, estranha-se - não se estranha nada!... - que os governantes e seus conselheiros não o soubessem.

O título acima, pertence à 1ª página do Diário de Notícias de 31 de Dezembro.

A notícia em si, adiantava que só os cinco maiores bancos fecharam 350 balcões.

CTT

O Movimento de Utentes de Serviços Públicos defendeu que o serviço prestado pelos CTT demonstra uma «degradação como não há memória no país», pelos atrasos superiores a meia hora no atendimento e pelo prazo das entregas, resultantes dos poucos trabalhadores que as estações registam.

Acresce que os trabalhadores que andam a distribuir a correspondência pelas residências,  não estão preparados para desempenharem a tarefa.

Sistematicamente na minha caixa do correio aparecem cartas que se destinam a outros, enquanto que me não chegam cartas que deveria receber.

Dois exemplos recentes:

Não recebi uma factura da VODAFONE.

Estranhando, telefonei para a empresa, minutos e minutos  e minutos à espera, para me dizerem que a factura fora enviada e que me devia dirigir à loja mais próxima para fazer o pagamento.

Na loja da Avenida de Roma esperei três quartos de hora para ser atendido e foi-me dito que têm existido muitas reclamações dos clientes.

Simplesmente, na factura que recebi agora, referente ao mês de Dezembro, debitaram-me 1,50 euros de taxa de «Atraso de Pagamento».

Até hoje, não recebi a carta do CONTINENTE referente aos descontos de Janeiro.

Claro que numa qualquer loja posso pedir a impressão dos descontos, mas nada disto está certo.

Quantas cartas e postais já deixei de receber?

Péssima a qualidade dos serviços prestados pelos CTT.

A privatização dos CTT, uma das muitas coroas de glória do miserável governo de Pedro Passos Coelho, rendeu aos cofres do Estado mais de 900 milhões de euros.

PPD/PSD


Por uma inexplicável bizarria assisti à primeira hora do frente a frente entre Rui Rio e Santana Lopes, transmitido na quinta-feira pela TVI.

Deplorável.

Lembrei-me de uma frase de Maria do Rosário Pedreira:

Quando ouço alguns políticos falarem, pergunto-me se já terão lido um livro inteiro, de tal forma é pobre o seu discurso.

A escolha do novo líder do PPD/PSD é, portanto, apenas uma escolha entre diferentes personalidades, não é uma escolha entre diferentes políticas.

Por isso, quando leio que os debates entre Rio e Santana não apresentaram ideias e apenas ataques pessoais, acho que é mesmo isso que está certo, é mesmo isso que seria de esperar.

Quando no outro século, Mário Soares colocou o Socialismo na gaveta e passou a dedicar-se ao socialismo democrático ou socialismo em liberdade, o caminho estava aberto para, mais tarde ou mais cedo reconhecer, dentro da sua boa consciência burguesa que mais não era do que um social-democrata.

Na medida em que é o Partido Socialista que retém as franjas da social democracia, e o CDS detém as franjas da direita liberal, o PPD/PSD irá, mais ano, menos, irá diluindo-se.

Nenhum dos dois personagens, que amanhã se apresentam para um deles ser presidente do partido, mostra um caldo de cultura e de política que permita inverter qualquer situação.

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