sábado, 6 de janeiro de 2018

ETECETERA


Cumprida está a primeira semana do Novo Ano.

A palavra-chave da mensagem de Ano Novo do Presidente da República foi «reinventar».

Mas reinventar o quê?

Quem?

Ficou a dúvida.

Pode ser que, durante as suas múltiplas declarações aos jornais e televisões, Marcelo vá clarificando.

Talvez…

CATALUNHA

A justiça espanhola mostra-se incapaz de lidar com o buraco que Rajoy construiu na Catalunha.

Como se fossem vulgares criminosos, mantém na prisão líderes independentistas.

 A Catalunha ão é um caso jurídico. É um caso político.

Sombras e fantasmas franquistas que não desapareceram.

Sabemos como é.

A procissão ainda não saiu do adro.

CHILE

O candidato da coligação de direita Chile Vamos, Sebastián Piñera, obteve 54,57% dos votos na segunda volta das eleições para a presidência do Chile.

Trata-se da maior derrota da área de centro-esquerda desde o fim da ditadura de Pinochet, em 1990.

ÁUSTRIA

Os neo-nazis regressaram ao Governo da Áustria.

Sebastian Kurz, 31 anos, Chanceler eleito e líder do Partido Popular, coligou-se com Heinz-Christian Strache, 48 anos, líder do Partido da Liberdade, o FPÖ, fundado em 1956 por proeminentes nazis.

Não é a primeira vez que o FPÖ chega ao poder, mas, em 2000, a controvérsia junto da opinião pública austríaca e internacional, de Israel e da UE foi tanta, que Jörg Haider não chegou a entrar no Governo. Agora, Heinz-Christian Strache é vice-chanceler, e o FPÖ nomeou 6 dos 13 ministros, entre eles os do Interior, Defesa e Negócios Estrangeiros.

A Comissão Europeia assobia para o lado.

LIVROS?

Copiado do blogue «Horas Extraordinárias» de Maria do Rosário Pedreira:

«A escritora Luísa Costa Gomes partilhou na sua página do Facebook um anúncio que estava na OLX no dia 22 de Dezembro último e que deve fazer-nos reflectir sobre os tempos que atravessamos. Começava assim: “Vendo livro novo para quem gosta de ler tipo romances.” (A redacção é, já de si, bastante má e oral...) E, depois da fotografia do dito romance (na verdade, imagens da capa e contracapa de uma obra intitulada Shangai Baby, de Wei Hui, em inglês), a conversa era esta (cito): “vendo um bom livro de romance supostamente está novo nunca foi lido. troco por tsirts tm de marca em bom estado.” Enfim, nem sei para que continuo eu a fazer livros…»

JORNAIS E REVISTAS

Está consumada a venda de alguns jornais e revistas da Impresa.

O comprador, não se conhecem valores, foi o jornalista Luís Delgado, presidente da Trust In News.

Diz-se pelas esquinas que é um mero testa-de-ferro.

Delgado nega por completo e declara-se detentor a 100% da sociedade.
Os jornais, revistas e outras publicações periódicas perderam 28% de circulação total em 2016 face ao ano anterior, registando-se também uma quebra de 17,6% nos exemplares vendidos, revelou o Instituto Nacional de Estatística.
De acordo com as estatísticas em 2016 existiam 1.271 publicações periódicas, que corresponderam a 23.035 edições anuais, 420,5 milhões de exemplares de tiragem total e 322,2 milhões de exemplares de circulação total, dos quais foram vendidos 192,9 milhões de exemplares.

Em relação a 2015, verificaram-se, contudo, diminuições no número de publicações (2,7%), de edições (3,4%), na tiragem (22,3%), na circulação total (28,0%), nos exemplares vendidos (17,6%) e nos oferecidos (27,5%).

CTT

Os CTT preparam-se para fechar 22 lojas dos Correios em todo o país, a maioria das quais na Grande Lisboa e Grande Porto.

Este encerramento, bem como o despedimento de mil trabalhadores até 2020, estava previsto no plano de reestruturação dos CTT, negociado com o governo de Pedro Passos Coelho.

Diga-se, ainda, que desde que foram privatizados, os CTT têm desenvolvido um trabalho digno de um qualquer país do Terceiro Mundo: atrasos na correspondência, cartas que não chegam aos destinatários, perdidas não se sabe onde.

A FECHAR

«Diz-se que não se devem ter economias baseadas em mão-de-obra barata. Não sei por que não. Porque se não for a mão-de-obra barata, não há emprego para ninguém.»


Belmiro de Azevedo

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