No dia em que se soube, segundo o INE, que o valor da dívida pública terá atingido os 159.469,1 milhões de euros em 2010, e deverá, de acordo com as actuais projecções, subir para 97,3 por cento em 2011, no dia em que Cavaco Silva convocou eleições legislativas para o dia 5 de Junho, o Ministro das Finanças foi à TVI perorar.
A populaça, como dizia o Medina Carreira, não percebeu patavina.
Todo o mal que havia para fazer, ainda sobravam mais uns pedaços num tal de PEC IV que, por enquanto, não foi avante, está feito, mas talvez esta mesma populaça gostasse de ouvir o ministro, em seu nome em nome do governo, pedir desculpa aos portugueses pelo estado a que deixaram chegar o país, mesmo sabendo-se, de antemão, que desculpas não compram pão.
Mas são coisas demais para a soberba desta gente, para o mais pérfido, o mais incompetente, o mais arrogante primeiro-ministro que por aqui passou, e diga-se que, maus, já tivemos muitos.
“O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos. Ele não sabe que o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio dependem das decisões políticas. O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política. Não sabe o imbecil que da sua ignorância política nasce a prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos que é o político vigarista, pilantra, o corrupto e lacaio dos exploradores do povo.”
Tinha estas palavras por aqui, não sei quem as escreveu.
Gostava de as ter escrito.
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