sexta-feira, 1 de junho de 2018

FEIRA DO LIVRO



Feira do Livro.

Abriu pavilhões a 25 de Maio e fecha-os a 13 de Junho.

Em Lisboa, no Parque Eduardo VII, com jacarandás à vista.

Este ano a Feira conta com 294 pavilhões, mais oito pavilhões que no ano passado.

Apenas a Porto Editora, que o edita, assinalará, com pavilhão próprio, os 20 anos que em Outubro passam sobre a atribuição do Prémio Nobel da Literatura a José Saramago.

A APEL assobiou para o lado.

Como para o lado assobia no que se refere aos voluntários que fazem trabalho nos dias da Feira.

Um larguíssimo grupo de escritores, em abaixo-assinado, denuncia o abuso que é sistematicamente feito com esses trabalhadores:

«Nós, os abaixo-assinados, estamos contra o recrutamento de "voluntários" para trabalhar na Feira do Livro de Lisboa, feito pela Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL).
A APEL recebe das editoras muitos milhares de euros pela presença na feira, além das quotas e de outras subvenções. A APEL tem dinheiro, ou devia ter, para remunerar quem recruta durante a feira.
Para aliciar estes "voluntários", a APEL invoca o contacto com livros e autores. Estar em contacto com livros e autores não é remuneração de ninguém. Aqueles de entre nós que contribuem para que os livros sejam feitos e circulem recusam-se a ser usados como isco.
É bom poder dar tempo e trabalho a quem entendermos, e deles precisa. Não é o caso da APEL. Este abuso sistemático tem de acabar já na feira de 2018. Quem foi recrutado deve ser remunerado.»

Não lembro uma Feira em que a chuva não faça a sua aparição, e nesta ranhosa Primavera que este ano nos calhou em sorte, não tem falhado.

Mas que isso não seja impedimento para ir ao encontro dos livros, das gentes, das farturas, dos fininhos, das bifanas, dos caracóis… dos jacarandás.

A Feira do livro é uma festa.

Enquanto dedilho este palavreado lembro, quando as pernas eram mais ágeis, que não havia dia que não passava por lá em busca dos «Livros do Dia».

Hoje, graças à internet, sabe-se quais são os Livros do Dia que cada editora disponibiliza.

Dizia o Baptista-Bastos: «há coisas na vida de que um homem se arrepende; porém, há uma coisa de que nunca se arrependerá de ter lido livros.»

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