quinta-feira, 1 de agosto de 2024

CANÇÕES DE ENTARDECERES

Os pôr de sol já andaram por aqui, em palavras e músicas.

Não lembra bem como tudo começou.

Há mais de 50 anos mora numa casa com vista que solta-se da Ponte Sobre o Tejo até ao aeroporto da Portela.

Por um dia, desatou a tirar fotografias de entardeceres com uma fatela máquina comprada em «loja de chineses».

Se não lembra como começaram, também não lembra com acabaram. O começo data de 6 de Junho de 2015, o fim de 7 de Dezembro de 2017, e, apesar de quase dois anos decorridos, há apenas 18 Entardeceres.

Não se sabe nunca que mistérios nos pode trazer um pôr de sol.

Se formos mais concretos, lembraremos sempre o que Chaplin em «Luzes da Cidade» diz: «A elegante melancolia do Crepúsculo.»

E ele agora volta aos pôr-do-sol porque, num golpe quase de mágica, descobriu que Rui  Ornelas, vizinho do 4º andar deste prédio com 51 anos, diariamente, nos finais do dia, tira fotografias, belíssimas fotografias, que nada, mesmo nada, têm a ver com as da sua máquina de «loja de chineses».

Aberto o pano para estes novos  entardeceres, neste primeiro de Agosto, primeiro de Inverno, lembra Françoise Hardy que há um mês, mais alguns dias, nos deixou e lembra-a na canção «Dis Lui Non», que um velho e querido amigo, o Pedro Freitas Branco, considera uma das melhores canções da década de 60.


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