Quando os meus filhos nasceram, o fumo do meu cachimbo
recebeu-os um a um, como uma nuvem de boas vindas. Uma nuvem feita de
imaginação e de sonho. Todas as minhas casas ficaram impregnadas desses odores
– a cada um o seu perfume…
Mais tarde, quando me separei, os meus filhos confessavam-me que sentiam a
falta do cheiro do meu cachimbo. Pelo menos ficou-lhes o meu rasto… Efémero,
como qualquer fumo.
António Carvalho, Diário de Notícias s/d
Sem comentários:
Enviar um comentário