Quando estava muito chateado com o país, o José Cardoso Pires dizia que a culpa era dos padres.
Alguns americanos,
chateados eles com o país, cansados do país, apresentam sinais de desistência, talvez
digam que a culpa é dos judeus, mais concretamente dos judeus americanos ricos.
Para as eleições do próximo
dia 5, o Partido Democrático só acumulou disparates. Primeiro deixou que Biden
se atravessasse como candidato, depois ter, muito tarde, direccionar-se para
Kamala que, face às suas ideias de esquerda, não reúne as simpatias dessa
terrível e estranha América profunda.
Para piorar a
situação, Kamala acaba de se deparar com Biden a chamar «lixo» aos apoiantes de
Trump.
Pode-se pensar, mas
não se diz publicamente.
Pelos meios ao seu
dispor, Kamala tenta distanciar-se do disparate de Biden:
«Discordo totalmente de qualquer crítica às pessoas com base no seu
voto», disse Harris aos jornalistas.
Não sei se chegará!
Ana Cristina Leonardo
no começo da sua crónica de sexta-feira no Público:
«A próxima vez que me sentar a escrever serão públicos os resultados
das eleições presidenciais nos Estados Unidos. Desfrutemos, pois, da última
oportunidade de poder fazê-lo em inocência, desconhecendo sobre qual das
cabeças penderá a espada de Dâmocles, certo e sabido que, seja qual for o
resultado, o peso do mundo continuará a pesar-nos nos ombros.»
José Pacheco Pereira no Público de sábado:
«A complacência com os crimes de Trump, o medo que ele inspira, os poderosos apoios interesseiros que fecham os olhos a tudo para ganhar dinheiro e poder manietaram a justiça americana e permitiram-lhe uma impunidade que ninguém deveria ter. Trump, que é contra a democracia, beneficiou das fragilidades da democracia, usando três coisas: a manipulação da política-espectáculo, hoje uma das maiores ameaças à democracia; o dinheiro para pagar uma litigância infinita e para corromper testemunhas e processos; e o medo da retaliação e vingança que ele promete como quem respira. Na minha interpretação da história, Trump é o mais importante, e o seu carisma “cria” os seus seguidores. Podemos interpretar mil e uma coisas sobre o que lhe dá apoiantes, mas, antes disso, está perceber porque aceitam tudo o que ele diz e faz, e isso está antes, modela os acontecimentos, cria o movimento MAGA.
Estou a escrever este artigo na Trumplândia, e não é preciso ir muito longe para ver o medo. Nas campanhas eleitorais anteriores, os jardins em frente às casas estavam cheios de cartazes apoiando um ou outro candidato. Agora, nada. Há medo de vandalismo, de todos os lados. Medo de americanos contra americanos.»
1.
Na dia 30 morreu André Freire, politólogo, comentador televisivo, cronista do
Público, além de professor Catedrático do Departamento de Ciência Política do
ISCTE - Instituto Universitário de Lisboa e investigador integrado no Centro de
Investigação e Estudos de Sociologia (CIES-Iscte), dirigia o Departamento de
Ciência Política do ISCTE desde 2015 e o Observatório da Democracia e
Representação Política. Numa nota de pesar, o CIES-Iscte destaca o “legado de
excelência e inspiração para todos os que tiveram o privilégio de trabalhar” ao
lado de André Freire, que “foi mentor de várias gerações de estudantes e
investigadores, partilhando generosamente o seu vasto conhecimento e fomentando
o pensamento crítico e rigor académico”.
Segundo o Público André Freire foi operado esta
terça-feira ao ombro no Hospital da Luz, em Oeiras, tendo sofrido uma paragem
cardio-respitatória após a cirurgia que obrigou à sua transferência para o
Hospital de São Francisco Xavier, em Lisboa, por ser o hospital mais próximo
com cuidados intensivos, onde acabou por morrer.
A tristeza da sua
morte, demonstra, uma vez mais que a medicina privada pode retirar médicos do
Serviço Nacional de Saúde, mas apenas isso.
André Freire é um
homem público, daí termos sabido, o que por norma acontece em quase todos os
dias: as coisas correrem mal no hospital privado e transferem-se os doentes
para o hospital público.
No caso de André
Freire, infelizmente, não houve possibilidade de o salvar.
2.
Recorte do Público de 29 de Setembro.
Na Comissão europeia
os líderes estão divididos sobre as migrações.
No princípio era tudo
muito bonito, agora face a um trabalho mal conduzido. querem encontrar formas
de acelerar os repatriamentos.
Os países precisam dos trabalhadores imigrantes,
3.
Para períodos de descanso ou tempo para viajar, o próximo ano vai ter cinco fins de semana de três dias e quatro feriados à quinta-feira, existindo a possibilidade para fazer ponte.
4.
A PSP deteve dois homens em flagrante delito, minutos
depois de terem sido colocados em liberdade por um juiz de instrução, estando
estes suspeitos referenciados por recentes assaltos em Campo de Ourique,
Lisboa.
5.
O tempo médio
dedicado diariamente pelos portugueses às redes sociais é actualmente de 97
minutos, um aumento face a 2023.
6.
O juiz Orlando Nascimento subiu agora ao Supremo Tribunal de Justiça apesar de ser arguido num processo crime em que é suspeito de abuso de poder.
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