sábado, 4 de maio de 2013

NOTÍCIAS DO CIRCO


NO CIRCO, A SEMANA foi dominada, na sexta-feira na abertura dos telejornais,  pela declaração ao Pais do Primeiro-Ministro.

Chegou a recear-se que, aproveitando a atenção de seis milhões de portugueses, na quinta-feira, em redor do jogo Benfica- Fanerbahçe, a comunicação tivesse sido agendada para esse dia.

Pouco importa, porque, mais dia, menos dia, o que havia para dizer seria mais do mesmo.

Ou seja: ainda mais bordoada nos funcionários públicos, nos reformados e pensionistas.

O resto foi folclore, coisas avulsas não clarificadas e a ameaça solene de que, se não fõr assim, virá aí o segundo resgate e mais austeridade.

A 1ª página do jornal I, diz tudo.

Apenas dois pormenores desta 1ª página:

No ano passado 20 gestores das grandes empresas ganharam mais de um milhão de euros.

Numa entrevista, João Ferreira do Amaral volta a bater na tecla:

Só há duas hipóteses, sair do euro a bem ou a mal.

O economista foi dos primeiros a defender a saída, controlada, de Portugal do euro. 

Chamaram-lhe tontinho mas, em cada dia que passa, a tese não deixa de ter mais adeptos.

Os portugueses não podem continuar assim.

.A política de austeridade que nos impuseram não está, de modo algum, a resultar e o país não vai aguentar mais. A ruptura é inevitável!

O grande drama vai ser quando as pessoas se aperceberem de que, feitos os sacrifícios todos, não estamos melhor. E quando as pessoas se aperceberem que tudo foi em vão, vai haver um tumulto sério no país.

VÍTOR DIAS em O Tempo das Cerejas:

O primeiro-ministro continua desonestamente a falar como se as pensões e reformas saíssem por generosidade estatal dos impostos em vez de saírem, como saem,  das contribuições  que os  trabalhadores e as entidades patronais  fizeram ao longo de décadas.

A DESPESA COM SUBSÍDIOS DE DESEMPREGO e apoio ao emprego, cresceu nos primeiros três meses do ano, quase tanto como era suposto crescer no ano inteiro.

MANUELA FERREIRA LEITE classificou o Documento de Estratégia Orçamental do Governo como histórias para contar aos neto” e que as políticas que estão a ser seguidas pelo executivo conduzem a um verdadeiro desastre.

 É preciso ter uma varinha mágica para transformar uma abóbora.

A CÁRITAS PORTUGUESA afirmou que o mundo laboral vive actualmente debaixo de um sentimento de medo que condiciona e obriga os trabalhadores a aceitarem todas as regras e todas as imposições.
Não podemos permitir que isto aconteça. Não podemos permitir que ter um emprego, seja ele qual for e em que condições, se torne uma atitude de resignação.

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