quarta-feira, 22 de maio de 2013

OS 200 ANOS DE RICHARD WGNER


Hoje ocorrem 200 anos sobre o nascimento de Richard  Wagner e uma vez mais às voltas com os meus problemas com a pessoa e a sua música.

Gosto de algumas peças mas o que, no fundo, preferia era não gostar de Richard Wagner.

Um pouco como o maestro judeu Leonard Bernstein: odeio Wagner, mas odeio-o de joelhos, ou a frase de Woody Allen cada vez que ouço Wagner fico com vontade de invadir a Polónia, ou ainda Eduardo Rincón porque a vida do homem é inseparável da arte que produz, e a de Wagner não é simples, nem pouco mais ou menos.

As coisas são assim mesmo...

O Holandês Voador, Rienzi, Tannhauser, Lohengrin, Tristão e Isolda, Parsifal, algumas mais.

Pois é...

Duzentos anos é muito tempo, mas as suas relações de proximidade com a Alemanha Nazi, embrulham-se, desesperadamente, com a música que compôs.

Katharina Wagner, bisneta do compositor e codiretora do Festival de Bayreuth, Entretanto, em entrevista anunciou que, por ocasião do bicentenário, irá disponibilizar documentos que ajudarão a compreender a relação da sua família com o poder nazi. Essas fontes, que herdou de seu pai, Wolfgang, serão entregues ao Arquivo do "Land" da Baviera para que possa assim "dar aos investigadores a possibilidade de aceder" ao passado da sua família e da sua relação com Hitler. A avó de Katharina, a inglesa Winifred Wagner (casada com Siegfried, filho de Richard), foi logo desde os anos 20 uma apoiante incondicional de Hitler (o qual era visita frequente da família) e transformou o Festival de Bayreuth numa montra cultural do regime nazi..

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