sábado, 11 de novembro de 2023

NOTÍCIAS DO CIRCO

Tristes e dramáticas as Notícias do Circo que vão saindo do espectáculo que há dias começou.

Reparem nesta, apanhada no Diário de Notícias:

«O advogado do arguido Vítor Escária realçou que o facto de o antigo chefe de gabinete de António Costa ter mais de 75 mil euros no gabinete, em São Bento. "Não se trata de uma substância ilícita. A circunstância de termos dinheiro em casa depende das circunstâncias", disse Tiago Rodrigues Bastos, realçando que se tratava do local de trabalho do arguido.

Por essa quantia ter sido encontrada em São Bento, disse. "Admito que seja criticável, que o primeiro-ministro tenha ficado agastado. Mas não e nada ilícito".

Questionado se Vítor Escária irá dar eclarecimentos sobre a origem do dinheiro, o advogado garantiu que este "explicará quando tiver de explicar".

"Não tem relação com o que estamos a discutir neste processo", reafirmou.

Tiago Rodrigues Bastos lamentou ainda as "conversas de café" à volta do caso e disse acreditar que Vítor Escáia "prestará esclarecimentos cabais, suficientes, que afastarão a sua incriminação.”»

 

Não vou continuar a ler - por hoje,  até 10 de Março data das eleições?  - o que quer seja sobre a «Operação Influencer».

Melhor ficar com o Hnry Miller, sorrindo aos pés da escada:

«Todas as noites, ao aplicar o maquillage, Augusto discutia com os seus botões. As focas, não importa o que fossem obrigadas a fazer, permaneciam sempre focas. O cavalo, um cavalo; a mesa, uma mesa. Augusto, embora permanecendo um homem, era obrigado a tornar-se em algo mais: tinha de assumir os poderes de um ser excepcional dotado de um excepcional talento. Tinha de fazer rir as pessoas. Não era difícil fazê-las chorar, tão-pouco fazê-las rir; descobrira isso há muito tempo, antes mesmo de sequer ter entrado para o circo. Mais altas, porém, eram as suas ambições – queria dotar os espectadores de uma alegria que se revelasse imperecível. Foi esta obsessão que primeiramente o levou a sentar-se aos pés da da escada e simular o êxtase. Caindo, por mero acaso, na imitação de um transe – esquecera-se do que iria fazer a seguir. Quando voltou a si, um tanto confuso e em extremo apreensivo, encontrou-se a ser aplaudido freneticamente.» 

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