quinta-feira, 9 de novembro de 2023

O OUTRO LADO DAS CAPAS


Pelo menos os dois volumes do Tomo I, que são os únicos que ainda tenho, já estão publicados, salvo erro, cinco, têm a mesma capa.

Colocando de lado, mas muito importante, que a minha vida cresceu em redor de cinemas de reprise – Cine-Oriente, Max, Royal, Rex, Liz, Imperial – devo o meu gosto pelo cinema a João Bénard da Costa, também a M. Cintra Ferreira, Manuel S. Fonseca.

Há uma grande pasta com as «Folhas da Cinemateca» e a maior parte são do João Bénard da Costa.

Estes Escritos do Cinema que a Cinemateca decidiu publicar são um trabalho deveras notável, pelo menos a quem gosta de cinema, pelo menos a quem fez da Cinemateca, a sua sala preferida e não posso esquecer a sala de cinema do Apolo 70.

A escrita de Bénard da Costa é uma escrita de gosto e mistérios que, como disse Manuel S. Fonseca, se percebe melhor por percebermos que nada se pode perceber.

Pausadamente, tenho que ir em busca dos volumes já publicados e que ainda não estão na Biblioteca da Casa. Porque de tão importantes estes escritos, não são para ler de enfiada, mas para serem lidos saborosamente, lentamente, como uma velha aguardente.

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