Perguntaram-lhe
- És ateu?
Respondeu:
Sou ateu não militante. Tenho um enorme respeito pela racionalidade que há no fenómeno religioso. Umas semanas antes da Maria de Lurdes Pintasilgo morrer, tivemos uma longa conversa. Ela dizia-se crente, não tanto por acreditar em Deus mas porque precisava de falar com ela própria, através de outra figura. A brincar disse-lhe: “Se calhar é de um psicólogo que tu precisas”. Eu não tenho essa necessidade. Devo ter tido quando era muito novo, porque acreditava que Ele fazia milagres. E acreditei no homem como o redentor.
Miguel Portas, entrevista ao Expresso, 23 de Julho 2011.
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