quinta-feira, 22 de maio de 2014

BON ANNIVERSAIRE


Tem andado por tudo o que é mundo, já esteve várias as vezes em Portugal.

Em Agosto de 1968 foi convidado cinco estrelas do Festival da Costa Verde.

Em trânsito para o Porto, passou por Lisboa e foi dizendo ao repórter do Diário Popular  que começou a cantar porque era isso o que gostava de fazer. Da música portuguesa apenas conhece Amália Rodrigues e Alfredo Marceneiro. Acima de tudo gosta de viver, gosta do trabalho, do amor, da amizade e detesta coisas inertes, negativas, O repórter lembra-lhe que os seus «cachets» são sempre exorbitantes. Simplesmente responde com uma verdade indesmentível:

É preciso ser bem pago para se trabalhar bem.


Em 1988, a CNN elegeu Charles Aznavour artista do século pela simples simples razão de que não se considera uma estrela e mostra-se sempre como um trabalhador incansável da canção, talvez o último «crooner».

Em 2001 anunciou a retirada, mobilizando um mar de gente para aqueles que seriam os seus derradeiros espectáculos, mas chegou à conclusão que ainda não estava preparado
.
Anda em tournée de despedida desde o Outono de 2006, passou por Lisboa em 23 de Fevereiro de 2007 dando um espectáculo no Pavilhão Atlântico.

Continua a viajar, a eterna tournée de despedida.

Logo à noite dará um espectáculo de gala em Berlim e há dias anunciou que já marcou  o seu último espectáculo: 22 de Maio de 2024, o dia em que fará 100 anos.

Ninguém acredita.

Este francês de origem arménia, que já compôs milhares de canções, participou em dezenas e dezenas de filmes, faz hoje 90 anos.

É um velho companheiro da vida de muita gente espalhada pelo mundo.

Parabéns sr. ShahnourVaghinagh Aznavourian e, pelo manos, até 2024.


Legenda: o recorte do Diário Popular é de 18 de Agosto de 1968.



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