terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

UM HOMEM PARA SER ESTUDADO


No dia em que me cruzar com o russo que me atirar à cara o “Guerra e Paz” e o americano que me tente ofuscar com o Grand Canyon, eu pergunto-lhes: “Têm dois minutos e vinte e sete segundos?” Se não, pior para eles. Se sim, ficarão agradecidos para o resto da vida. Ponho-os a ouvir “Mar Goês”.
“Mar Goês é a prova que sim. Sim, um dia os portugueses entraram em pequenos barcos e tornaram o mundo grande, porque completo. Havia de ser um amanuense do Hospital de São José, um tímido com andar estranho, que me confirmaria que já houve portugueses fortes. Os dedos de Carlos Paredes são como os lenhadores do pinhal de Leiria, são como o marinheiro que subia à gávea, são como o capitão que dizia por ali e não cedia.

Ferreira Fernandes

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