terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

ANOS DE OBSCURANTISMO, LEMBRAM-SE?


Eram duras e variadas as dificuldades com que as revistas de cultura, como a Seara Nova, a Vértice, O Tempo e o Modo, viviam em tempos da ditadura.

A maior parte dos livros editados por essas revistas não chegavam às livrarias.

Com medo da actuação da PIDE, muitas recusavam-se a recebê-los.

Era através dos seus assinantes que os livros eram divulgados e vendidos.

Assim aconteceu, por exemplo, com A Praça da Canção, editada pela Vértice.

Posteriormente, a Ulisseia fez uma 2ª edição que, de imediato, na sua quase totalidade, foi apreendida pela PIDE.

Mas havia livreiros que tinham o cuidado de esconder livros que, de antemão, sabiam que seriam alvo da actuação da sinistra polícia.

Em Lisboa, A Barata foi um bastião dessa luta.

Em Braga, a Livraria Victor, propriedade do escritor Victor de Sá.


Há outros exemplos em cidades como Coimbra, Porto, Setúbal, Faro.



 Este é um dos exemplos das dificuldades que a Seara Nova – e não só! – enfrentava: a regularização do pagamento das assinaturas.

À data deste aviso, publicado na Seara Nova n º 1465 de Novembro de 1967, seis escudos era o preço de cada número da revista.

 O que se segue, é um outro tipo de dificuldades vividos naquele tempos.

Veio publicado na Seara Nova nº 1480 de Fevereiro de 1969.

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