terça-feira, 28 de julho de 2015

O DIREITO DE (NÃO) ACREDITAR



Não acredito no que reza o Papa Francisco.


Já por aqui escrevi que aceito, compreendo e respeito a fé de cada um.

Gostaria que aceitassem, compreendessem e respeitassem a minha não fé.

Não acontece.

Pelo menos na quantidade que eu julgaria sensata.

João Bénard da Costa:

Foi em Maio de 1967 que deixei de me reconhecer na Igreja, fora da qual tinha achado que não havia salvação. Podia ser muita coisa, então como hoje. Mas já não me podia chamar mais católico apostólico romano. Tudo começou nesse ano em que me sentei de fora, à espera, no limiar, mas já não lá dentro.

Albert Camus:

Quem ousará condenar-me neste mundo.
Odeio este mundo em que estamos reduzidos a Deus.
Creio cada vez mais que não devemos estabelecer um juízo sobre Deus a partir deste mundo, que não é senão um esboço que lhe saiu mal.

Contam-se por milhões os exemplos que aqui poderia colocar, mas cite-se este:

Corria o dia 12 de Novembro de 1991.

Onde estava Deus, quando no cemitério de Santa Cruz, os indonésios massacraram centenas de timorenses?

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