segunda-feira, 20 de julho de 2015

PETER MAYNARD, DE SEU NOME


Quando Dinis Machado publicou O Que Diz Molero, um livro pleno de sentimento e ternura, uma alegria, tal como escreveu Luiz Pacheco, já tinha publicado três livros, três policiais, que passaram despercebidos, escritos com o pseudónimo de Dennis McShade, três livros saídos na Colecção Rififi.

Dinis Machado precisava de umas massas.

Roussado Pinto, o editor, (também autor de romances policiais com o pseudónimo de Ross Pynn), pagava seis contos por livro aos autores americanos, a Dinis, pelos três livros, escritos num ano, pagou, adiantadamente, 20 contos.

Deram um jeitão.

Em 1987 o Círculo de Leitores, reeditou os três policiais, que foram apresentados, 24 de Março de 1987 em sessão de gala, no desaparecido Quarteto, por Fernando Assis Pacheco, travestido de um tal Tony Messina, representante do Sindicato do Crime de Nova Iorque, que lavrou declaração de apoio a McShade.


O texto foi publicado no JL, 6 de Abril de 1987, de que se apresenta a possível reprodução. (Clicar na imagem para uma melhor leitura.)

Já depois da morte de Dinis Machado, a Assírio & Alvim publicou, em Outubro de 2009, o inédito de Dennis McShade, Blackpot.

Pode-se vomitar tudo, menos a solidão.

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