quinta-feira, 19 de outubro de 2023

OLHAR AS CAPAS


Canção da Estrada Larga

Walt Whitman

Tradução: Luís Cardim

Seara Nova, Lisboa, 1947

A pé de alma descuidosa vou tomar pela estrada larga:

sadio, independente, com o mundo inteiro deante de mim,

com o longo brilho alvacento deante de mim, levando-me onde quere que eu sonhe.

 

Doravante não peço mais boa-sorte, eu próprio serei a boa-sorte,

doravante deixo-me de lamentos, de dilações, não precisos de coisa alguma,

não amis labutas, à porta cerrada, bibliotecas, críticas, plangentes,

forte e animosos, vou viajar pela estrada larga.  

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