terça-feira, 2 de julho de 2024

MÚSICA PELA MANHÃ


Esse extraordinário disco de Fausto que dá pelo nome de «Por Este Rio Acima», tem em apêndice um «Diário de Viagem» das viagens de Fernão Mendes Pinto onde Fausto se baseou para as letras das canções.

Como a imagem que acima se reproduz não é muito nítida, faz-se a  o tea transcrição que pertence a «Peregrinação» de Fernão Mendes Pinto e que deu origem a «Porque Não Me Vês»:

 «O meu desejo  seria sair desta  viagem muito  rico em pouco  tempo sem

pensar quão arriscada eu então levaria a vida,  confiado nesta promessa

e enganado  nesta  esperança.  Na cidade de  Diu, preparava-se  então a

guerra por suspeita que se tinha da vinda da armada do turco.  Parti de

Portugal  na primavera  e,  navegando  todos os  barcos  pela sua rota,

cheguei ao mar da outra banda do oceano. A Índia.»

 

E este é o poema:

 

«Meu amor adeus 
Tem cuidado 
Se a dor é um espinho 
Que espeta sozinho 
Do outro lado 
Meu bem desvairado 
Tão aflito 
Se a dor é um dó 
Que desfaz o nó 
E desata um grito 
Um mau olhado 
Um mal pecado 
E a saudade é uma espera 
É uma aflição 
Se é Primavera 
É um fim de Outono 
Um tempo morno 
É quase Verão 
Em pleno Inverno 
É um abandono 
Porque não me vês 
Maresia 
Se a dor é um ciúme 
Que espalha um perfume 
Que me agonia 
Vem me ver amor 
De mansinho 
Se a dor é um mar 
Louco a transbordar 
Noutro caminho 
Quase a espraiar 
Quase a afundar 
E a saudade é uma espera 
É uma aflição 
Se é Primavera 
É um fim de Outono 
Um tempo morno 
É quase Verão 
Em pleno Inverno 
É um abandono

Porque não me vês

Meu amor adeus

Tem cuidado

Se a dor é um espinho

Que espeta sózinho

Do outro lado

Meu bem desvairado

Tão aflito

Se a dor é um dó

Que desfaz o nó

E desata um grito

Um mau olhado

Um mal pecado

E a saudade é uma espera

É uma aflição

Se é Primavera

É um fim de Outono

Um tempo morno

É quase Verão

Em pleno Inverno

É um abandono

Porque não me vês

Maresia

Se a dor é um ciúme

Que espalha um perfume

Que me agonia

Vem me ver amor

De mansinho

Se a dor é um mar

Louco a transbordar

Noutro caminho

Quase a espraiar

Quase a afundar

E a saudade é uma espera

É uma aflição

Se é Primavera

É um fim de Outono

Um tempo morno

É quase Verão

Em pleno Inverno

É um abandono»

 

 E esta é a canção:


1 comentário:

Seve disse...

"Por este rio acima" é, talvez, o melhor álbum da música portuguesa!