sábado, 21 de setembro de 2013

NOTÍCIAS DO CIRCO


 O VICE-PRESIDENTE DO PSD, Marco António, acusou o FMI de hipocrisia institucional, afirmando que a entidade financeira faz relatórios em que admite excessos de austeridade nos países sob ajustamento, mas depois, na mesa das negociações, o que se vê é uma atitude muito pouco flexível.

Outro vice-presidente do PSD, Moreira da Silva, também Ministro do Ambiente, mandou calar Marco António e tambem terá enviado recado ao  ministro da Economia Bernardo Pires de Lima para ser comedido nas críticas à troika para não prejudicar as negociações.
ENQUANTO ISTO,  o Paulo, em plena campanha autárquica, afirmou que a economia portuguesa já saiu do fundo e que a questão agora é saber a que ritmo vai crescer, de forma a garantir riqueza e emprego.

Por sua vez, o Pedro volta a garantir que o país está no bom caminho.

Esta gente, outros mais, não vive no mesmo país que os restantes portugueses vivem.

É impossível!

A PINCO, a maior gestora mundial de fundos de obrigações arrasa Portugal no seu mais recente comentário enviado aos clientes e a outros agentes do mercado. Diz mesmo que Portugal está pior do que a Grécia em termos de previsibilidade como país em ajustamento. e defende um segundo programa de empréstimos, com mais austeridade.

O MINISTRO DA EDUCAÇÃO, Nuno Crato, cortou o Inglês no ensino básico.
Haverá agora alunos a chegar ao 5º ano com zero anos de inglês, outros com um, dois, três ou até quatro, dependendo da escola que frequentaram. No 9º ano, a carga horária é de 90 minutos por semana

Num tempo de generalizada globalização, em que o inglês é o idioma base de entendimento, sua excelência determina esta incrível decisão.

E ficam ofendidos quando lhes chamam o que realmente são: incompetentes e maus.

O SOBA DA MADEIRA continua a exibição da sua alta cretinice, a exibição de atitudes de incontornável salazarismo.

Jardim, ao ser abordado por dois cidadãos no decurso de uma visita a uma obra de canalização de uma ribeira, no Curral das Freiras, recomendou-lhes: falem com os comunas da televisão, que eles põem tudo. Puseram um vigarista à frente daquilo. Isso é para resolver a seguir com o Maduro: Tudo para o olho da rua.

O Sindicato dos Jornalistas já manifestou o mais vivo protesto por estas declarações.

A forma desprimorosa e até ofensiva com que Alberto João Jardim se refere a jornalistas – e a personalidades da vida pública madeirense e nacional – já não surpreende ninguém. Mas continua a ser inaceitável e justifica o mais vivo repúdio.

Tais ameaças constituiem um indício muito grave de que Alberto João Jardim não hesitará em encetar despedimentos punitivos se algum dia lhe for entregue poder sobre a empresa no plano regional.

PEDRO TADEU no Diário de Notícias:

Trataram de aumentar os impostos de quem trabalha, investe e consome. Levaram patrões à falência ou a despedir milhares de trabalhadores. Cancelaram dezenas de milhares de contratos com funcionários sem vínculo ao Estado.
Mudaram as regras do subsídio de desemprego e diminuíram os apoios sociais. Convidaram os jovens, que educámos superiormente com os nossos impostos, a emigrar. O PIB, a riqueza produzida no País, caiu. A sociedade entra em incumprimento crónico: o número dos que não podem pagar os seus empréstimos à banca dispara.
Os impostos recolhidos diminuíram, apesar de toda aquela arquitectura, medida pelos génios da finança a quem entregámos os planos da nação, desenhar o efeito contrário.
As pazadas de subsídios de desemprego (mesmo diminuídos) agravaram o problema: o Estado não consegue pagar a dívida, nem os respetivos juros. O défice não desce para os níveis pretendidos.

ANA SÁ LOPES no jornal I:

É por isso que estes meninos estão a brincar com o fogo e depois gritam que se queimaram.
Hoje, os banqueiros dão lições de moral e são os principais conselheiros de governos como o nosso. Os banqueiros, para os governos, não viveram acima das suas possibilidades, porque as suas possibilidades são infinitas – incluindo a possibilidade de, em última instância, serem sempre salvos e protegidos pelos executivos que ajudam a manter e a derrubar.
O esquecimento, a demagogia, a cassete da austeridade virtuosa (para lhe chamar qualquer coisa que não seja simplesmente a cassete da defesa da classe dominante) é particularmente evidente no corte retroactivo das reformas e na lei chumbada do despedimento de funcionários públicos. Estes reformados nunca viveram acima das suas possibilidades porque, quando nasceram, não havia “possibilidades”. Nasceram num país miserável, onde quase ninguém estudava e os serviços de saúde metiam medo. Foram eles que ajudaram a construir o país mais ou menos decente que ainda temos enquanto não rebentarem com ele de vez. Solidariedade intergeracional é ter consciência do que lhes devemos e não os tratar como carne para canhão. Como diz Pacheco Pereira,  defender a “revolução” acima da Constituição dá legitimidade a outras revoluções e implosões do Estado de direito.

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